Viagens na minha Terra. ( 13 de Abril de 2013 )
Era mais uma incursão pelo deslumbrante concelho de Montalegre, onde, ao virar de cada curva - literalmente! - salta mais uma surpresa, que nos faz suspirar de admiração. Estávamos em Abril, e o frio a recomendar mais um agasalho; durante toda a semana chovera, e o resultado da " rega de Deus " via-se bem nos campos, onde a erva crescia a olhos vistos; o gado estava satisfeito, saltava à vista. O sol começava a dar sinais de querer esconder-se: era chegada a hora de encetarmos o caminho de regresso, depois de um dia muito cheio. Para trás ficara já Paradela do Rio, e com ela o rio Cávado. À esquerda um desvio e uma placa: Sirvozelo. Um caminho pedregoso e logo em frente uma capela, uma linda capela, como é de uso naquelas bandas - S. Mamede o seu patrono. Encravada na rocha, é uma aldeia feita de granito e silêncio. Seres vivos, por ali, só os animais: ovelhas a pastar, o burro preso ao poste ou o pónei junto da mãe égua. Já de saída um muito característico espigueiro - canastro, como é mais conhecido na região - bem à sombra de um grande conjunto de penedos sobrepostos, de onde um cão olha com curiosidade, senão suspeita, os forasteiros solitários.