Dele me lembro ao atravessar terras de Amares.
Por aqui, onde se guarda, contra ventos e marés, e apesar dos pesares, muito do pitoresco da Região, retém-se a memória de um grande Poeta- Poeta do Neiva-, contemporâneo de Bernardes, o Poeta do Lima posto que a este anterior no nascimento, e de Bernardim, de quem foi amigo dilecto, e que tendo começado o seu versejar à moda antiga, acabaria, também ele, por seguir por caminhos do Renascimento.
Recorda-o, em forma de livro, o aqui nascido, e nosso contemporâneo, Agostinho Domingues, o filólogo que comemorou em 2008 o 450ºaniversário da sua morte com a « Nova Homenagem a Sá de Miranda ».
É aqui que encontro, inserido numa mais vasta recolha de textos a ele dedicados, o excerto de um estudo de Carolina Michaelis, que vejo como paradigmático: « A sorte da nação não lhe era indiferente. De longe ( do Minho ) seguia com interesse os menores incidentes políticos. Os favores e as desgraças, que assinalavam a existência dos homens que tinham entre as mãos os destinos do País, comoviam-no profundamente», detectando, assim, nesse atento seguir do que na corte sucede « a vigilância do patriota ».