Na cidade que foi o centro do mundo: porque todos os caminhos lá vão dar
O sol desse mês de Junho estava no pico quando deixámos a fortaleza que Adriano idealisara para ser o seu mausoléu, mas que depois, além de funções militares, foi refúgio de Papas, sempre que se sentiam ameaçados, e que foi chamado de Castelo de Santo Ângelo quando um desses pontífices afirmou ter visto no cimo do edifício o Arcanjo São Miguel.
Passámos então, com intenção de acedermos ao centro da cidade, a ponte sobre o rio Tibre, que tem o mesmo nome do castelo, e é decorada por anjos esculpidos por Bernini.
Chegámos assim à Praça Navona, onde, sentadas numa gelataria, e deliciando-nos com um dos famosos sorvetes italianos, pudemos apreciar a riqueza barroca das suas três fontes - de que se destaca a fonte, central, dos quatro rios, construída pelo mesmo famoso Bernini, e onde estão representados os quatro continentes, por via dos seus rios mais emblemáticos: Europa ( Danúbio ) África ( Nilo ), América ( Rio da Prata ), e Ásia ( Ganges), além da Igreja de Santa Agnese, desenhada pelo rival de Bernini, o também famoso Borromini.