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O Tempo Esse Grande Escultor

Um arquivo dos postais que vou deixando no Estado Sentido, mas também um sítio onde escrever outras coisas minhas..Sem Sitemeter, porque pretende ser apenas um Diário, um registo de pequenas memórias...

O Tempo Esse Grande Escultor

Um arquivo dos postais que vou deixando no Estado Sentido, mas também um sítio onde escrever outras coisas minhas..Sem Sitemeter, porque pretende ser apenas um Diário, um registo de pequenas memórias...

Ainda Machado de Assis

Cristina Ribeiro, 11.10.09

 

Depois de «Quincas Borba» e de «Memórias Póstumas de Brás Cubas», comecei ontem a ler este «Memorial», e já deu para, mais uma vez, confirmar o que do Autor se diz no prefácio: " é o nome central da literatura brasileira e um dos mais singulares clássicos da língua portuguesa".

 

Junho de 2008

Machado de Assis

Cristina Ribeiro, 09.10.09

"Que, no alto do principal de seus livros, confessasse Stendhal havê-lo escrito para cem leitores, coisa é que admira e consterna. O que não admira, nem provavelmente consternará, é se este outro livro não tiver os cem leitores de Stendhal..." Inicia assim o primeiro livro que li de Machado de Assis: «Memórias Póstumas de Brás Cubas»; o outro foi «Quincas Borba», e o Paulo Cunha Porto já me aconselhou vivamente a leitura do «Memorial de Aires». Sobre o escritor brasileiro escreveu José Osório de Oliveira: " Foi um autodidacta, que se formou na Biblioteca do Gabinete Português de Leitura(...), viveu sempre longe dos grandes centros de civilização literária, prodigalizou-se em colaborações jornalísticas, e, já na fase de maturidade, passou a ser, e ainda hoje é, o mais original escritor do seu país. tendo a sua obra sido marcada pela quase ferina análise da alma humana." Autor de vários títulos, universalmente reconhecidos, como atestam as numerosas traduções das suas obras mais representativas, " por dois factos- além daquele, primordial, que é a pureza da linguagem-, está Machado de Assis indissoluvelmente ligado à literatura portuguesa: a influência que sofreu de Garrett, do qual colheu a lição de sobriedade, clareza e ática elegância, e a que, como crítico, exerceu sobre Eça de Queirós, pois que, moralista e com uma, embora contida, concepção dramática da vida, ao analisar «O Crime de Padre Amaro», apontou-lhe como grande defeito, o facto de parecer comprazer-se na pintura de um caso de amoralidade". Esta opinião terá calado fundo no espírito do escritor português, como resulta da sua obra posterior.

 

 

Abril de 2008