Se Deus quiser
Nunca esta música - tão linda que é! - se integrou tão bem com as imagens.
A comoção renova-se a cada visionamento.
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Um arquivo dos postais que vou deixando no Estado Sentido, mas também um sítio onde escrever outras coisas minhas..Sem Sitemeter, porque pretende ser apenas um Diário, um registo de pequenas memórias...
Um arquivo dos postais que vou deixando no Estado Sentido, mas também um sítio onde escrever outras coisas minhas..Sem Sitemeter, porque pretende ser apenas um Diário, um registo de pequenas memórias...
Nunca esta música - tão linda que é! - se integrou tão bem com as imagens.
A comoção renova-se a cada visionamento.
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hoje parte integrante de um dos museus com um espólio mais rico da História portuguesa.
Além das peças aí exibidas, realce para a beleza do edifício.
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João Franco Castelo Branco, em 1886. ( Memórias de Araduca )
nem sei qual a sua origem, mas lembro-me de ter lido n« O Minho Pitoresco » uma referência a um pleito judicial ; no Século XIX, sobre demarcações geográficas, que resultou na atribuição de grande extensão do monte da Falperra ao concelho de D. Afonso Henriques, coisa com que ainda hoje a cidade dos arcebispos não se conforma. Quer de um lado quer do outro, gente há que leva esta " má vizinhança " a peito, de tal modo que a sua maior alegria é a de saber da derrota do clube de futebol rival.
Pouco depois de ser eleito pelo círculo de Guimarães, em 1884, ficaram célebres os discursos proferidos por João Franco, versando este conflito, em defesa das gentes que o elegeram.
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vem à baila aquele que é o ponto de partida para tais festejos- A Noite do Pinheiro, aquela que é dedicada não só aos actuais estudantes, mas também aos antigos, entre os quais me incluo. Andava ainda no Liceu quando comecei a fazer parte da multidão de jovens e de não tão jovens, que enchia as ruas da cidade: era uma altura em que, mandava a tradição, só aos homens era permitido tocar, em uníssono, os bombos e caixas, os quais chegavam ao fim com a pele em frangalhos, de tanto a massacrarem as baquetas. Meados de Novembro começavam já a ouvir-se os toques, num treino para que, chegado o momento, nenhum tocador fugisse ao ritmo, para que ninguém destoasse. Nos primeiros anos jantávamos, o grupo de amigos, em casa de cada um, os de fora da cidade, como eu, na casa de um deles, para depois, em hora combinada, nos juntarmos para aquecermos a noite, que se quer bem fria, com uns cálices de Vinho do Porto- íamos então para a rua, esperar o cortejo de carros de bois, que transportava o Pinheiro, sempre muito grande, saído do Terreiro do Cano, junto do Campo de S. Mamede, para se dirigir ao de S. Gualter, onde era enterrado,depois de percorrer as várias ruas.Os toques dos bombos eram uma constante... Quando passei a ex-nicolina, foi a vez de me juntar aos mais velhos- alguns sexagenários já- no Jantar Nicolino, no Restaurante Jordão, que agrupava ex-alunos de várias gerações, num convívio único.... A ementa era sempre igual: rojões à nossa moda,e papas de serrabulho, acompanhadados por um vinho verde carrascão ( que no meu caso dava lugar ao vinho tinto maduro). No fim servia-se a aletria, e as castanhas assadas finalizavam o repasto. Estávamos prontos para enfrentar o gélido da noite, sem que ninguém dispersasse, e então era ver a vontade com que os mais velhos atacavam os tambores, de maçaneta em punho
Dezembro de 2008.
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para ir ao meu único Baile Nicolino, numa noite de 7 de Dezembro, no ano em que fui finalista, mas acho que teria gostado. Foi no Ginásio Maior do Liceu, e culminou aquela semana de festejos que vivi com uma maior intensidade do que nos anos anteriores. Sabia que as coisas iam mudar, e a vida de estudante liceal iria dar lugar ao de Ex-Nicolina. Teria sempre O Pinheiro.
Dezembro de 2008
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que as Festas Nicolinas atingem um dos seus pontos altos- As Maçãzinhas. Há nesta festividade alguma similitude, ainda que longínqua, com os Torneios e Justas Medievais- munidos de compridas lanças, encimadas de fitas de várias cores, solicitadas às amigas já nos inícios de Novembro, os estudantes presenteiam as damas, que se encontram nas varandas da cidade, com pequenas maçãs; por sua vez, estas retribuem o gesto cavalheiresco com pequenos presentes, que atam à mesma lança, depois de aceitarem o corado fruto.
Dezembro de 2008
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a Igreja festeja o Santo que, nascido em fins do Séc. III, na Ásia Menor, terá sido Bispo de Mira, na Turquia, já no Séc. IV. Tendo sido o primeiro Santo a preocupar-se com a educação, é S. Nicolau o Patrono dos estudantes, mas porque foi grande protector das crianças, e afamada a sua generosidade, bem cedo o seu nome foi associado ao Natal e à distribuição de presentes.
Dezembro de 2008
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E foi no dia 5 de Dezembro que, nas escadas do Liceu de Guimarães, ouvi o meu primeiro Pregão Nicolino. Um dos alunos mais velhos, a cavalo, de mascarilha, e segurando o estandarte da Academia, declamando um longo texto em verso, depois de o ter já feito pelas várias ruas da cidade, em que dá conta das reivindicações estudantis e faz uma crítica social, tudo em tom irónico quanto basta. Seguia-se o momento em que se dirigia às raparigas de Guimarães, sempre num registo bem disposto, e até elogioso. Tudo isto no maior dos silêncios, a que se seguiu uma explosão de aplausos.
Dezembro de 2008
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« Distintos Professores deste Liceu Central
Não vos zangueis connosco, nem tomeis a mal
Que a gente se divirta assim todos os anos,
Ao menos uma vez...Vós não sereis tiranos.
Se vos queixais de nós, façamos hoje as pazes
Porque vós afinal, também fostes rapazes »
( Excerto do « Pregão Nicolino », de 1921, coligido por Lino Moreira da Silva in «Guimarães e as Festas Nicolinas » )
Insere-se este «Dia do Pregão» num vasto conjunto de festividades com que os estudantes de Guimarães homenageiam o seu Santo Patrono, São Nicolau, que terá sido Bispo de Mira, na Turquia, no séc. IV: uma semana de folguedo, que se inicia com a Noite do Pinheiro, no dia 29 de Novembro, e termina com o Baile Nicolino, no dia 7 de Dezembro. «No séc.XVI, deu-se em Guimarães um acontecimento decisivo para as Festas Nicolinas- a instauração da Universidade da Costa ( 1537-1543 ). Com professores e até alunos vindos de fora-Lovaina, Paris, Salamanca....(...) É a partir desta altura que começam a levantar-se, de modo consciente e deliberado, as Nicolinas, enquanto Festas dos Académicos de Guimarães.». Mas S. Nicolau já era « muito venerado entre nós durante a Alta Idade Média, quando capelas e altares lhe eram dedicados. Concretamente em Guimarães, ele era celebrado na Igreja da Colegiada pelos populares e pelos Estudantes, de quem era Santo Protector »
Novembro de 2008
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