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O Tempo Esse Grande Escultor

Um arquivo dos postais que vou deixando no Estado Sentido, mas também um sítio onde escrever outras coisas minhas..Sem Sitemeter, porque pretende ser apenas um Diário, um registo de pequenas memórias...

O Tempo Esse Grande Escultor

Um arquivo dos postais que vou deixando no Estado Sentido, mas também um sítio onde escrever outras coisas minhas..Sem Sitemeter, porque pretende ser apenas um Diário, um registo de pequenas memórias...

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Cristina Ribeiro, 02.07.14
Uma dessas coincidências que nos fazem sorrir: falava-se ontem da beleza do falar do povo, da linguagem de Camilo, e, vindo a talho de foice, questiona-se/nos um comentarista sobre o provável significado de uma fala do escritor, « Cruzes e santo breve da marca! », apresentando como possível interpretação: " Julgo que faz referência a determinado sítio da cidade do Porto, onde haveria uma ermida ou oratório de algum santo, e que teria a ver - a Marca - com referenciais para a navegação que demandava a traiçoeira barra da Foz."
Ora, eu , desconhecedora da topografia do Porto, não me atrevi a tecer qualquer comentário. Já era um pouco tarde, pelo que desliguei o computador e comecei a ler o romance que acabara de tirar da estante: « Miss Esfinge », de Campos Monteiro; quase logo no início diz o escritor que o protagonista, morgado da minhota Pedralva, tinha residência citadina junto da Torre da Marca.
Procurei, e soube que " A Marca (baliza), era a principal referência dos navios que entravam na barra do Douro.
Foi construída pela Câmara em 1542, a pedido do rei D. João III, ao que se supõe em substituição de um pinheiro que ali existia com as mesmas funções, nos terrenos onde hoje se situa o Palácio de Cristal, ao fundo da Avenida das Tílias.", e que por ali haveria ( há? ) uma capela - a do Senhor da Boa Nova, pelo que essa interpretação me pareceu ter pernas para andar; todo o cabimento, enfim.