« O inglês que amava Portugal »,
Hoje, 27 de Maio de 2009, James Forrester, faria 200 anos.
E lembrá-lo é lembrar os riquíssimos momentos passados nessa região onde a prodigalidade da Natureza é tanta que ninguém lhe fica indiferente.
É lembrar os dias - quase sempre de Outono - em que saíamos da Pousada que lhe herdou o nome, de manhã bem cedo, para aí regressarmos só à noite, sempre cansados mas sempre felizes pelo que nos tinha sido dado ver, num crescendo em que se tornava cada vez mais notória a ligação daquela terra ao rio, que é afinal a fonte de deslumbramento maior.
Mas ler este texto de Manuel Carvalho não traz só lembranças; significa o conhecer uma vida tão cheia de um homem que podia escolher um outro qualquer lugar do mundo para viver, mas se deixou enredar pelo fascínio que ainda hoje sentimos quando lá vamos.
Terá sido o negócio vinhateiro, desse néctar tão apreciado na terra natal, que o fez aí fixar-se, mas não terá demorado muito até que o Douro se tornasse " a paixão que mais energia lhe consumi( u ) ", a partir do momento em que se predispôs a estudá-lo minuciosamente, calcorreando, por isso, toda aquela região, amando o rio que havia de o guardar para sempre.