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"Morro de amor pelo meu pátrio Minho, pela vila dos Arcos, pela Casa de Cazares, onde a minha infância dorme, onde esperei, feliz envelhecer, escrevendo mais livros, sempre livros, onde cuidei morrer e, como Goethe, pedindo luz e luz, sempre mais luz, de janelas rasgadas sobre o Vez, sobre a fonte que jorra da carranca, sobre as minhas amadas laranjeiras. Fausto, morro de amor pelos meus livros, pelos romances que pensei, fugidos, perdidos e sumidos... («Viagens no meu Reino» )
Dele diz João Bigotte Chorão: "Não era Tomaz de Figueiredo, como Raul Machado, um gramático, um filólogo, um erudito, um especialista- era um escritor, um cavador de palavras, um servidor do idioma. O que lhe faltaria em ciência académica, sobejava-lhe em intuição e amor..." e, no «Dicionário de Literatura», acrescenta David Mourão Ferreira: "Prodigioso evocador do passado, em verso e prosa, grande poeta da memória, Tomaz de Figueiredo consegue aliar a muitos rasgos temperamentais de raiz romântica uma disciplina clássica (...). Integra-se numa tradição tipicamente portuguesa da qual terá sido Camilo, antes dele, o mais alto expoente. Pois bem, é este quase conterrâneo- nasceu em Braga, a 6 de Julho de 1902, embora bem cedo tivesse ido viver para Arcos de Valdevez-, que até há bem pouco tempo desconhecia. Foi-me apresentado pelo blogue Futuro Presente e, na resposta a um comentário, o autor do post aconselhou-me a começar a leitura da sua obra por «A Toca do Lobo»...; descobri então um escritor de mão-cheia, a quem, ainda nas palavras de Bigotte Chorão, "O instinto da língua, por um lado, e o seu trato com o falar do povo e a obra dos clássicos, por outro, deram um raro conhecimento do português, nas suas expressões mais populares e mais eruditas..."