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O Tempo Esse Grande Escultor

Um arquivo dos postais que vou deixando no Estado Sentido, mas também um sítio onde escrever outras coisas minhas..Sem Sitemeter, porque pretende ser apenas um Diário, um registo de pequenas memórias...

O Tempo Esse Grande Escultor

Um arquivo dos postais que vou deixando no Estado Sentido, mas também um sítio onde escrever outras coisas minhas..Sem Sitemeter, porque pretende ser apenas um Diário, um registo de pequenas memórias...

Se eles não pararem...

Cristina Ribeiro, 20.09.13
" A historia da origem da lingua portugueza é como a historia de todas ou de quase todas as linguas: amalgama de muitos idiomas, rude em sua infancia, polida e culta e mais e mais engrandecida pelos escriptores, pela philosophia e pela necessidade "..
Assim escrevia, em 1870, António Francisco Barata no seu « Advertencias Curiosas sobre a Lingua Portugueza »
                         E se é certo ter ela origem nessa amálgama, viu-se já que a sua fonte primeira é o chamado latim vulgar. É com esse passado matricial que os " desertores " querem acabar. 
Como referiu um comentarista sobre postal versando o mesmo tema, " Com este governo não se pode contar, pois nada da cultura lhe interessa.
Temos de ser nós, os anónimos Portugueses, a escorraçar o aborto ortográfico ! "; mesmo! apenas nos resta resistir, e nessa resistência encontramos, felizmente, nomes de peso nos meios culturais, que nos dizem que a luta não terminou ainda, seja qual for a deliberação dos políticos.

"Minhas mágoas eram negras, Negras ficaram as águas "...

Cristina Ribeiro, 07.01.13
 

A ortografia é um fenómeno da cultura, e portanto um fenómeno espiritual. O Estado nada tem com o espírito. O Estado não tem direito a compelir-me, em matéria estranha ao Estado, a escrever numa ortografia que repugno, como não tem direito a impor-me uma religião que não aceito ", Fernando Pessoa.
 
    Sempre que leio na televisão aberrações como " direto ", " atualidade ", " redação " (...), dou comigo a pensar, como o jornalista: esta " não é a língua portuguesa que amo e que é parte importante de mim. " Por esta razão já me chamaram fundamentalista - nesta matéria, e, já agora, noutras que tenho como afins, sou; assumidamente, sou.

« Desta língua que é símbolo e sinal da nossa independência

Cristina Ribeiro, 04.12.10

 

e da nossa soberania. (...) O território nacional, a terrra Patrum, a terra dos nossos maiores, é considerado - e muito bem -, elemento básico, fundamental, de soberania e de independência. Não se pode bem considerar soberano e independente o Estado e um Povo, sem base territorial.

Mas, por seu lado, a Língua Nacional, a língua pátria, não deve ter-se em menor conta que o território, como fulcro de unidade »

 

               Quando o meu pai mo emprestou, disse-me que me iria prender como se de um bom romance se tratasse. E assim tem sido.

Dou comigo a pensar no que não daria para ter ao alcance de um  botão, que se liga para nos dar entrada num mundo maravilhoso ou, pelo contrário, degradante, consoante as escolhas de programação, um programa televisivo como o que depois foi transcrito para o papel. Um programa que desfizesse as muitas dúvidas linguísticas - tantas!- que vão surgindo.

E, aquando do debate sobre o malfadado  acordo ortográfico, vimos já que não é por míngua de bons linguistas...; é, tão só, por opção programática.

Entendemo-nos tão bem...

Cristina Ribeiro, 09.10.09

Acabo de assistir, na televisão, à discussão das vantagens e desvantagens da projectada reforma da Língua Portuguesa. Admiradora que sou da Literatura Brasileira- li desde José Mauro de Vasconcelos até Machado de Assis-, sou frontalmente contrária à sua entrada em vigor ( faltam ainda vários países ratificá-la, como por exemplo Moçambique e Angola), antes do mais porque, como disse o Linguista e Filólogo Professor António Emiliano, não há um único argumento linguístico-científico a favor de tal acordo. Tal como está, a Língua Portuguesa é falada e escrita por duzentos milhões de pessoas, sem que haja quaisquer problemas de comunicação, e, pelo contrário, as variantes que existem dentro dela só a enriquecem- todos nós nos entendemos na sua diversidade...