Naquela manhã, na Estação Central de Amsterdão,
quando vimos o comboio com destino a Antuérpia, nós, as irmãs, porque a sobrinha é ainda muito pequena para saber da importância dessa cidade na nossa História, tivemos o mesmo pensamento: dispuséssemos de mais tempo e iríamos, seguindo os passos dos nossos compatriotas dos séculos XV e XVI, mas de um modo incomparavelmente mais confortável, em demanda da Flandres, ali tão perto; Bruges e Antuérpia, são cidades nossas " conhecidas " desde que ouviramos falar nas Feitorias, onde se comercializavam as riquezas trazidas, depois de muitos trabalhos, da Índia, e desde então a vontade de " voltar " a visitá-las. Não seria ainda desta vez que lá iríamos procurar vestígios da passagem do amigo português de Erasmus e de Dürer.
" Não há tempo. Fica para outra altura; há mais marés que marinheiros ", prometemo-nos.