Algures na província da Corunha,
no fim do caminho quase escondido por silvas, uma pequena ermida, de arquitectura chã. Mas formosa, no inesperado da clareira que se estendia à nossa frente. Entrámos. Lá dentro apenas um monge, de hábito castanho, sentado no banco em frente de um altar despojado, fazia ouvir uma voz límpida, nos sons do canto gregoriano. Silenciosamente, sentámo-nos no último banco.
Quando acaba vira-se, e vê-nos. Vem ter connosco e fala-nos com um modo afável. Quando lhe perguntámos o porquê de um átrio tão grande, relativamente, numa capela tão pequena, diz-nos que era aí que pernoitavam os numerosos peregrinos que se dirigiam a Santiago de Compostela.