Noite de lua cheia. Aqueceu o clima, mas aqui, no monte,
venta. Quando em noites assim, de vento forte, a minha avó sempre contava à minha mãe e tios, pequenos que eram, histórias que os punham com os cabelos em pé, e com medo de irem dormir sozinhos: era a altura preferida pelo lobisomem para sair à rua, ou para o também lendário corredor vaguear sem destino pela aldeia, tornando seu escravo todo o ser humano que lhe aparecesse. O melhor mesmo seria pôr traves nas portas, náo fosse o diabo teçê-las. E, no fim, iam dormir todos juntos, por via dos pesadelos.