Será?
A ler o primeiro romance de Camilo, «Anátema», que escreveu na verdura dos vinte e cinco anos (ou terá sido na dos vinte e dois, como diz no prefácio da segunda edição ? ), deparo, a dado passo, com a frase " Não pulsa, debaixo do céu, um coração que não sofra "; e dou comigo a sair do universo da ficção para o da realidade crua que nos cabe viver: será que o mesmo se pode dizer - e para não irmos mais longe - com a mãe e o tio da pequena Joana, ou do pai e da avó da pequena Vanessa?
Ninguém me convence de que em certos indivíduos, no lado esquerdo do peito existe mais do que um músculo que apenas bombeia o sangue.Não; debaixo deste nosso céu há corações que não sentem nada
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Março de 2008