Quando a dezassete de Julho de 1843, e depois de ter citado Maistre,
Garret entrou num vapor com destino a Santarém, estava a escrever as primeiras páginas de um livro que, muitos e muitos anos depois, me iria atrair a atenção, não tanto pelas digressões várias que aí se narram, mas porque queria saber da história da menina dos rouxinóis. Com efeito, da primeira vez que contactei com «Viagens na Minha Terra», teria, talvez, doze anos, apenas me cativou o romance de Carlos e Joaninha; só mais tarde, com o livro a integrar as leituras previstas no programa da disciplina de português, me debruçaria interessadamente sobre tudo o mais que o escritor tinha para dizer, e foi muito fácil, então, perder-me entre aquelas divagações.