Não tão conhecida como aquela Santa Marta que Pedro Homem de Melo imortalizou,
é aqui que tem lugar a romaria onde vêm muitos dos emigrantes da região, chegados das Estranjas cheios de saudades destas terras que eram outras, pitorescas ainda, quando daqui foram nos anos sessenta. Nunca foi, não é ainda, uma festa igual a muitas outras que foram evoluindo quase para um parque de diversões, com corrosséis, rodas gigantes ou montanhas russas: aqui a romaria é feita de concertinas, cavaquinhos e cantares ao desafio.
Não faltam, no entanto, à sombra dos muitos carvalhos e sobreiros, que proliferam nesta Falperra, as tendas de comes e bebes, onde o calor faz do vinho verde carrascão, bebido nas grosseiras malgas, quando não pela própria caneca, a coisa por todos mais procurada.
As regueifas pendem dos braços femininos, quais pulseiras gigantescas, à espera da fome que há-de chegar.
Um dos poucos lugares onde a mão do homem não chegou ainda, com intenções depradadoras, aqui, nesta capela, junto à da irmã, Santa Madalena, casou, num lindo dia de Junho, com o carvalhal no auge do muito que de belo tem, uma irmã. Em Santa Marta do Leão - muito perto correm as afamadas águas frescas da fonte com esse nome -. Mas é no dia 29 de Julho que a Santa é festejada.