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O Tempo Esse Grande Escultor

Um arquivo dos postais que vou deixando no Estado Sentido, mas também um sítio onde escrever outras coisas minhas..Sem Sitemeter, porque pretende ser apenas um Diário, um registo de pequenas memórias...

O Tempo Esse Grande Escultor

Um arquivo dos postais que vou deixando no Estado Sentido, mas também um sítio onde escrever outras coisas minhas..Sem Sitemeter, porque pretende ser apenas um Diário, um registo de pequenas memórias...

Viagens na minha Terra.

Cristina Ribeiro, 11.03.14
 
" Ao cabo de um trecho relativamente plano e arborizado, surge, no cimo de um cabeço, a vetusta povoação, ainda cingida por alguns dos antigos cubelos e panos de muralha medieva. A vila tem todo o ar de uma terra morta, esquecida do resto do mundo. As ruelas, toscamente empedradas, têm um estranho ar sonolento. Aqui e além, um velhote que aquece os pés ao sol, ou duas mulheres que conversam, com voz anasalada e sotaque antigo. Subindo por uma dessas quelhas, depressa se encontra o alto onde outrora assentava o castelo. No local, todo escalavrado, apontam-se os restos do tal palácio do malfadado Cristovão de Moura. "
Sant'Anna Dionísio
  
 
 
 
 
 
Já, há alguns anos, passara o fim-de-semana prolongado do feriado do 1º de Dezembro naquela região de Castelo Rodrigo. E como é especial comemorar aí a Restauração da nossa independência!
 
Desta vez o céu estava mais azul, as pessoas que por lá vimos continuavam a poder contar-se pelos dedos duma mão, mas o entusiasmo por estarmos em terra quase sagrada, esse também era o mesmo que naquele dia já longínquo.
 
Agora na serra da Marofa pudemos ver, por entre um mar de oliveiras, algumas amendoeiras em flor. Uma saudade, porém: já não estava lá o Pai, para o Zé Miguel, um sobrinho ainda criança por então, lhe perguntar: "- Avô, que castelo vamos ver hoje? "; na véspera tínhamos visitado já Castelo Mendo e Castelo Melhor.