Depois de, desde bem cedo, ainda a manhã estava uma jovenzinha, termos explorado o Monte Esquilino ( outra das sete colinas de Roma ), e depois de termos visitado aquela que é a maior igreja dedicada à Mãe de Cristo -a belíssima Santa Maria Maggiore -, aí nos encontrámos com outros hóspedes do hotel, com os quais planeáramos uma visita às catacumbas de S. Calisto, das maiores das sessenta existentes nos arredores da cidade
Seguimos pela Via Ápia alguns quilómetros,
até encontrarmos um pequeno casario, onde se encontrava já, à nossa espera, pois que fora previamente contactado, um padre que ia ser o nosso guia num enorme labirinto de corredores estreitos e muito escuros. Depois de nos recomendar que déssemos a mão uns aos outros, como única forma de não nos perdermos, acendeu uma candeia e, sempre em fila indiana, descemos várias escadas.
Bem abaixo do nível do solo, o ambiente, húmido, era quase irrespirável, e só à luz daquela podíamos ver os túmulos escavados nas paredes
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Só quando chegámos a um recinto com um altar, um raio de luz nos permitiu ver as pinturas alusivas aos primeiros tempos do Cristianismo: era a Capela onde se rezava a Missa.
Uma vez no exterior, o padre - um alemão que falava perfeitamente o inglês - contou-nos dos riscos que os cristãos primitivos corriam quando, no fim dos " espectáculos " no Coliseu, iam, ao coberto da noite, recolher os cadáveres das vítimas das perseguições religiosas.