Aproveitaria a ida à vila, em dia de feira,
para dar um pulo à farmácia. Durante toda a noite não tinham pregado olho. O seu homem - coitado! - não tinha mais forças para tossir. Sempre haviam de aviar-lhe qualquer coisa que o aliviasse. Já tentara com todas as mezinhas caseiras, aprendidas da mãe, e nada ainda. Lá chegada foi atendida - muito gentilmente, é verdade ! - por uma moça que logo lhe despachou um xarope que o ia " pôr bom enquanto o diabo esfrega o olho ". Mas não pôde impedir-se de pensar no Se Belino da Botica - era assim que todos o conheciam -; lá, na botica, juntavam-se todos à roda do balcão, os rapazes que andavam de olho nelas... Sorriu ao lembrar aquela vez em que lá fora, por via de um remédio para as atrozes dores de cabeça do pai, era ainda solteira, e, a um sinal, que lhe não passara despercebido, do Se Belino, o único que a vira entrar, virado que estava para a porta, todos se calaram; também lá estava o seu Joaquim, a quem acabaria por dizer " Sim " na igreja.
Enxotou um mosquito imaginário, que lhe entrara nos olhos, o malvado.