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O Tempo Esse Grande Escultor

Um arquivo dos postais que vou deixando no Estado Sentido, mas também um sítio onde escrever outras coisas minhas..Sem Sitemeter, porque pretende ser apenas um Diário, um registo de pequenas memórias...

O Tempo Esse Grande Escultor

Um arquivo dos postais que vou deixando no Estado Sentido, mas também um sítio onde escrever outras coisas minhas..Sem Sitemeter, porque pretende ser apenas um Diário, um registo de pequenas memórias...

Que, gostando muito de ópera, nunca tinha assistido a nenhuma,

Cristina Ribeiro, 22.10.09

 

disse, há tempos, numa caixa de comentários: em Portugal, é verdade, nunca tive oportunidade; mas não a deixei fugir quando fui a Budapeste, e lá ouvi e vi um « Il Trovatore », de Verdi, que me encheu as medidas. Mas não foi só o espectáculo operático que me deixou maravilhada; foi também o ter encontrado uma sala- linda: a da imagem,- cheia , aonde as crianças, algumas bem novinhas, tinham acorrido em grande número, e eu via o quanto desfrutavam.

 

Novembro de 2008

Depois de vaguear pelo Outono das Tulherias,

Cristina Ribeiro, 22.10.09

 

chego à " mais chique igreja de Paris, a Madeleine" e , no âmbito de « Les Dimanches Musicaux » aí assisto a um concerto, num dia 4 de Novembro, comemorativo da morte de Gabriel Fauré. A entrada era gratuita, e a Orquestra Filarmónica de Londres, e respectivo Coro, tocava e cantava o « Requiem» que compusera ele mesmo para quando chegasse o momento da morte, que não temia, antes antecipava como uma libertação.

 

Novembro de 2008

E o Outono chegou também ao Paul.

Cristina Ribeiro, 22.10.09

 

Foi para aí que me dirigi, já o sol começava a esmorecer no horizonte. Não esperava outra coisa, quando encontrei aquele que foi o lugar de todas as brincadeiras vazio e silencioso. Mas encontrei as cores que lá me habituei a ver nesta época do ano , e, no chão, as folhas de tília que amorteciam o som das corridas infantis. Penso que também essas velhas árvores se terão conformado já com a ausência das gargalhadas, mas continuam a maravilhar-nos com estas vestes que sempre lhes conhecemos, antes de, em chegando o Inverno, as despirem, apesar dos pesares.

 

 

 

 

Novembro de 2008