de uma grande maioria que o considerou o maior português de sempre", disse-lhe eu, no auge da irritação. "Somos muitos os que acreditamos que os valores da Segurança e da Ordem são possíveis numa Democracia em Portugal, mas também são muitos os que se esforçam por demonstrar que eles só são possíveis numa Ditadura, e para isso contam com a conivência das autoridades". Nesse dia tinha havido, numa outra zona da cidade, perto dali, dois assaltos à mão armada, e havia mais de meia hora que ligara para a PSP pedindo-lhes que viessem acabar com a arruaça de altos berros. A escumalha deu-se ainda ao luxo de continuar a gritaria por mais um bom bocado, depois de lhe chamarmos a atenção, porque sabe que mesmo que chamemos a polícia, esta lhe dará ainda muito tempo...; e não se enganou: quando o agente chegou, limitou-se a perguntar se queríamos participar o ocorrido ao Comando Geral; que sim, pelo que preencheu um formulário completíssimo, com nome dos pais, profissão, etc. etc., ao fim do que disse - "vou pôr no relatório que encontrei tudo normal" Fiquei indignada. Depois de lhe ter dito que o colega que atendera o telefone confirmara, porque ouvira, a barulheira, ainda lhe perguntei porque é que nos fizera perder tempo com o tal formulário.Eram quatro horas da madrugada.
Setembro de 2008