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O Tempo Esse Grande Escultor

Um arquivo dos postais que vou deixando no Estado Sentido, mas também um sítio onde escrever outras coisas minhas..Sem Sitemeter, porque pretende ser apenas um Diário, um registo de pequenas memórias...

O Tempo Esse Grande Escultor

Um arquivo dos postais que vou deixando no Estado Sentido, mas também um sítio onde escrever outras coisas minhas..Sem Sitemeter, porque pretende ser apenas um Diário, um registo de pequenas memórias...

Que há muito se instalou, quase com carácter de dogma, a ideia de que os povos latinos

Cristina Ribeiro, 30.10.09

são ingovernáveis fora de regimes autoritários, dizia eu ontem ao João Pedro. Já os romanos o diziam dos lusitanos. Mas se é verdade que tendemos para essa síndrome de " cabeça dura ", ela não tem de ser uma verdade absoluta. Ontem mesmo se falou na política de sucesso e ordem, em liberdade, que teve como rostos mais visíveis o monarca espanhol e o seu Primeiro Ministro Adolfo Suarez.. Hoje, num blogue de que gosto, encontro um artigo de que sobressai a frase "Siempre me ha llamado mucho la atención la respetabilidad absoluta que ha tenido el rey en la época moderna y su papel moderador".

Está tudo interligado.

Não haverá uma mão caridosa

Cristina Ribeiro, 30.10.09

que faça chegar a Rita Rato- às muitas que há neste país, pois só assim se percebe o voto no comunismo - este texto, imprescindível a todos, tenham ou não uma licenciatura em Ciência Política, de Miguel Castelo Branco, Preencheria as lacunas escandalosas no conhecimento de uma Deputada da Nação.

E, já agora, a Hollywood, também. Um " argumento " que seria, por certo, um grande êxito de bilheteira.

Porque nele vejo ideais nos quais me reconheço.

Cristina Ribeiro, 29.10.09

" Uma Ideia Quase Municipalista

Como convictos municipalistas acreditamos que a melhor governação resultará de um auto-governo onde todos, de algum modo, participarão directamente da gestão das coisas comuns. Onde os interesses de todos, mas também os de cada um, sejam olhados com a mesma objectividade e onde impere o consenso na busca das soluções e nunca a ilusória maioria dos votos. Constantemente nos interrogamos como atingir tal desiderato. Não falta quem advogue a complexidade da ideia e a sua inexequibilidade. Sobretudo num sistema como o existente, de democracia representativa, onde o voto – mesmo que de uma minoria – ganha foros de única verdade. Um pequeno artigo de opinião, subscrito pelo professor universitário António Cândido de Oliveira e publicado no jornal “Público” de 26 do pretérito mês de Agosto, abriu-nos um caminho. Não é, ainda, municipalismo, muito longe disso. Mas é, digamos assim, um pouco dele, e perfeitamente exequível no âmbito deste sistema representativo. Capaz, apesar de tudo e por muito pouco que seja, de contrariar o caciquismo e a prepotência e de estancar ou, pelo menos, de diminuir a corrupção que grassa no poder local. Facilmente se reconheceriam, então, os pequenos ditadores de campanário e, quem sabe, não contribuiria até para evitar estas vergonhosas e sucessivas recandidaturas dos mesmos de sempre, incapazes de se desapegarem do poder. Propõe o autor do artigo que as Assembleias Municipais – e também, nada o impede, as de Freguesia – passem a reunir, não apenas as vezes que a Lei determina (5 vezes por ano, as Municipais e 4 as de Freguesia) mas algumas mais vezes. Pela nossa parte proporíamos, pelo menos, uma reunião mensal – digamos antes e em termos práticos eliminando Agosto, 11 vezes por ano - em sessão convocada pelo respectivo presidente, que tem poderes para isso, aberta à população, tendo em vista o debate dos variados assuntos de carácter local. O autor entra em pormenores que me parece desnecessário transcrever, mas que têm um interessantíssimo sentido prático. Quando, noutro lugar, defendemos que as populações saberiam, com maior ou menor dificuldade, encontrar um processo de colocar em campo a filosofia municipalista, não nos enganámos, como se vê. Muitas mais ideias surgirão, estamos certos, sempre no sentido da democracia directa, a real e verdadeira democracia."

O que vi em Israel

Cristina Ribeiro, 28.10.09

 

 

 

 

 

Era noite havia já muito tempo, quando nos dirigimos a um restaurante-bar em Jaffa, o núcleo antigo de Tel-Aviv, aquele mesmo que, aquando das suas pretensões territoriais na Região , fora cercado pelas tropas deNapoleão

 

É lá, no mar de águas cálidas, que se dá o resgate de Andromeda pelo Herói Grego Perseus, sacrificada por seu pai, Chepheus, rei da Etiópia,que assim pretende aplacar a fúria do deus Posseidon, o qual se propõe castigar a vaidade de Cassiopeia, a rainha.

 

 

Dezembro de 2008

O que vi em Israel

Cristina Ribeiro, 28.10.09

 

Era noite já, quando fui ao Muro das Lamentações. A iluminação, num amarelo suave, convidava à meditação, ao recolhimento. E foi muito emotivo ver todas aquelas pessoas, de credos religiosos diversos, encontrarem-se no que de essencial pode unir o ser humano: dirigindo-se a um Deus que só pode ser único, não obstante as divisões que nós, os que por cá andamos, insistimos suicidária ,e tolamente, em manter, de uma forma insana, como nos é próprio.

 

Dezembro de 2008

O que vi em Israel

Cristina Ribeiro, 28.10.09

 

Não sendo o turismo o objectivo primeiro desta minha primeira viagem àquela região- sim, porque se para isso houver oportunidade, tentarei lá voltar, de tal modo gostei do que vi-, claro que ia determinada a aproveitar o tempo para ver e sentir o máximo possível. E isso passava pela opção de visitar apenas uma outra terra, além de Tel-Aviv; e estava claro, também,que seria a cidade deJerusalém.

 

 

 

Mas, e antes de falar das emoções vividas na Cidade Santa, começo pelo fim: esta foi a última fotografia que tirei, antes de entrar para o avião que me traria de regresso- do local onde, em Novembro de 1995 o então Primeiro Ministro, Itzhak Rabin, foi assassinado, após ter lido uma mensagem de paz, rodeado por uma imensa multidão que manifestava o seu apoio aos Acordos de Oslo. O assassino era um fanático religioso, um extremista político- manchados de sangue, é como acabam sempre tais fanatismos e extremismos. Um local que não deveria deixar ninguém impassível.

 

Dezembro de 2008

...só se vê com o coração.

Cristina Ribeiro, 28.10.09

 

oiço na rádio que faz anos que , num acidente de aviação, sobre o Mediterrâneo, morreu Antoine de Saint -Exupéry. São célebres os diálogos do seu livro mais conhecido, «O Príncipezinho», mas todos nós guardamos o que o pequeno visitante do nosso planeta manteve com a raposa.

«-Que quer dizer cativar?

-É uma coisa muito esquecida. Significa "criar laços" (...) Os homens compram tudo prontinho na loja, mas como não existem lojas de amigos...».

 

Julho de 2008

 

 

Quando o viu, verde outra vez

Cristina Ribeiro, 27.10.09

 

 

naquele renovar que todos os anos testemunhava, mais ou menos por esta altura, apeteceu-lhe embrenhar-se nele, sentar-se na erva, desfrutar do sol que não haveria de durar muito. Pensou então na secretária cheia de papéis: que não, não seria sensato. " A sensatez, sempre ela! Amanhã dou-lhe uma folga ", prometeu-se.

 

Abril de 2008

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