Como se nunca os tivesse lido.

" Diogo assumou a uma das varandas que davam para o rio, ali a poucos metros, arranhado por gaivões. Na lisura da água abriam-se de onde em onde círculos, nascidos de escalo ou truta que picara a abocar efémera borboleta atordoada pelo ar eléctrico. Os círculos iam-se alargando, chegavam tenuamente às margens, lá morriam. Para o Norte e bandas da serra, um surdo trovoar retumbou. "
« A Toca do Lobo », Tomaz de Figueiredo
As estantes estão cheias de livros, muitos deles - tantos - por ler ainda, mas há meia dúzia a que se volta de quando em quando, antecipando-se àqueles, que esperam pacientemente a sua vez. A duas páginas de terminar o Livro de Consolação, de Camilo, dessas mesmas estantes me chamou este, do meu segundo escritor dilecto, e em cada um dos que releio encontro motivos de nova leitura.