Em busca de leituras nunca perdidas.
Continua o labor de colocar os livros na estante, mas, uma vez limpo, é mais um livro que não via " há séculos ", de que tenho boas recordações, e lá me sento a folheá-lo, a reler bocados de uma escrita bem conhecida, pois que nele aparece já o Proust que encontrei, e nele me espelhei, mais tarde no « Em Busca do Tempo Perdido »; a melancolia introspectiva que despontava já, as memórias de infância a que então voltaria.
E, como a manta que tecia aquela que nunca deixou de acreditar no regresso de Ulisses, nunca mais a tarefa a que deitei mãos chega ao fim.