Sentada no degrau da casa que habitava
desde que casara com o António ( Deus o tenha em bô lugar! ), a Ser' Ana olhava suspirando o bando de rapazes e de raparigas que iam naquele dia, ( que naquele ano calhava ser numa Segunda Feira de Páscoa ), em alegre cantoria pelo caminho que levava à Senhora da Saúde.
Veio-lhe à memória aquele dia em que começara o namoro com o avô dos pequeninos que brincavam no terreiro em frente.
Lembrou-se então da toalha que, noite adentro, acabara de bordar: não seria porque tirara a tarde para folgar que a madrinha iria ficar sem ela, e ainda se alembrava bem de como lhe parecia que a agulha ganhara asas...; a toalha que agora estava na arca, que lá isso a madrinha quisera porque quisera, ( " e não se discute mais! ) que lhe fizesse a mesa bonita aquando do casório, e, depois nos baptizados...