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O Tempo Esse Grande Escultor

Um arquivo dos postais que vou deixando no Estado Sentido, mas também um sítio onde escrever outras coisas minhas..Sem Sitemeter, porque pretende ser apenas um Diário, um registo de pequenas memórias...

O Tempo Esse Grande Escultor

Um arquivo dos postais que vou deixando no Estado Sentido, mas também um sítio onde escrever outras coisas minhas..Sem Sitemeter, porque pretende ser apenas um Diário, um registo de pequenas memórias...

Fotografias a preto- e- branco a encimar um texto colorido,

Cristina Ribeiro, 07.11.10

como colorido terá sido o dia de hoje nesse Douro vinhateiro de encantos tamanhos. Da última vez que lá estive, o Outono entradote já, como agora, não deixara os créditos por mão alheia.
É dele que leio, em livro de Maria do Carmo Serén, ilustrado com lindíssimas fotografias da Casa « Fotografia Beleza » :
                       "... ao fotógrafo impõe-se, antes de tudo, o Douro como rio, senhor de todas as paisagens ( ... ). Gargantas estreitas e maninhas, no fundo de montes castrejos, curvas largas onde as casas acedem, confiantes, até à margem. É o tempo, ainda, do rio indominado, sem barragens, sem controlo.  ( ... )
Este é o mesmo Douro da vindima, trabalhador e eficiente, com velhos e crianças no trabalho, mulheres na poda, os homens nos cestos e no lagar: a vinha poeirenta, o brilho do xisto, a coreografia é a de todos os tempos, o ritual é o de sempre. "
Foi este Douro, alegre mas com um rasto de melancolia, que encontrei naquelas viagens que, em família alargada, onde pontoavam as vozes ruidosas dos sobrinhos pequenos, a curiosidade a brilhar nos  espelhos dos seus olhares irrequietos.

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