O destino primeiro era Ribeira Grande, a segunda cidade da ilha,
( Ermida do Espírito Santo- Ribeira Grande - S. Miguel )
e capital do município do mesmo nome. Passadas muitas freguesias piscatórias, pois que confrontam com o Oceano Atlântico, como Rabo de Peixe, onde testemunhei a simpatia dos habitantes: batemos à porta de um senhor desconhecido, para que nos deixasse fotografar o Império, em honra do Espírito Santo, que é celebrado com muita devoção em todo o arquipélago, mas com preponderância em S. Miguel, e logo as portas se escancararam, sem perguntas.
" Império ", em honra do Espírito Santo
As pessoas todas se conheciam, pelo que o cumprimento era normal, mas eu, uma forasteira, fui tratada como um deles.
Estava na cidade a comprar umas peças típicas de cerâmica, e o meu telemóvel não parava de tocar; diz-me o guia: - bem, era suposto eu receber mais telefonemas...
- Sabe, respondi-lhe, é que hoje faço anos e todos me estão a dar os parabéns...
- Ah! diz o Paulo, então os meus Parabéns!
E ofereceu-me este azulejo pintado à mão
para que não esquecesse as ilhas que, como diria Raul Brandão, ainda me são desconhecidas...