" Aos tropeções nos pedregulhos da rua,
que o calcetamento de Olivença ainda é contemporâneo dos Templários, embrenhámo-nos no coração da cidade. A magestosa torre de menagem (...) e, contraste percuciente para a nossa sensibilidade luzíada: o letreiro em língua castelhana acavalita-se sobre a mancha enegrecida dum venerando escudo português "
Há dias assim. Sai-se de casa a fim de passear pelas ruas ensolaradas, mas frias, a pedir cachecol e luvas, e logo na principal artéria comercial de Braga, pedonal, - Rua do Souto- , deparo com uma banca onde um senhor -de Vila Verde, venho a saber depois - dispôs uma boa dezena de livros, a maioria deles com a capa solta, quando não rasgada. Paro frente a um, com a chancela da Portugalia Editora, da autoria de Matos Sequeira e Rocha Junior. Datado de 1924, fala de uma Olivença um pouco diferente da que conheci, mas nem tanto assim. Volto para casa com o livro na mão, e enquanto o frio lá fora, adivinho-o, se intensifica, vou-me aquecendo nestas páginas já um tanto vetustas.