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O Tempo Esse Grande Escultor

Um arquivo dos postais que vou deixando no Estado Sentido, mas também um sítio onde escrever outras coisas minhas..Sem Sitemeter, porque pretende ser apenas um Diário, um registo de pequenas memórias...

O Tempo Esse Grande Escultor

Um arquivo dos postais que vou deixando no Estado Sentido, mas também um sítio onde escrever outras coisas minhas..Sem Sitemeter, porque pretende ser apenas um Diário, um registo de pequenas memórias...

Sei que é uma pergunta inútil

Cristina Ribeiro, 16.11.10

mas sempre que " os " oiço não posso impedir-me de fazê-la: porquê. Estão mesmo a fazer de nós parvos, e, convenhamos, porque contam com a falta de memória de todo um povo, convictos que estão de que uns " rebuçadinhos " às vésperas das eleições o faz esquecer do que antes fizeram - rotativamente, ora um, ora outro, quando um dos dois partidos está no poder diz do outro que se limita ao "  bota-abaixo ", afinal a mesmíssima coisa que fizera alguns anos antes: há poucos minutos foi a vez de Sócrates, mas essa " deixa "  passará, inteirinha, ao senhor que se segue, quando chegar a vez do outro partido ir para o poleiro, e que agora está a " botar abaixo ".

E não se pode mandá-los calar?

 

As "coisas" estão como há cento e dezoito anos.

Cristina Ribeiro, 11.10.09

 

Num artigo datado de 1890, na «Revista de Portugal», Eça de Queirós escrevia: - "As lamentáveis desordens parlamentares, as violentíssimas e desmandadas polémicas, as mútuas e terríveis recriminações com que, obcecados pela paixão, os partidos se feriam uns aos outros na sua honra, deixaram no País que assistia espantado a uma tal lavagem pública de roupa suja, o sentimento desalentado que ele exprimia por esta fórmula- tão bons uns como os outros!" E ainda dizem que a mesma água nunca passa outra vez por debaixo da mesma ponte.

 

 

Junho de 2008