« Sabemos que os reis são homens
como os outros, que têm desejos, paixões e defeitos (...), mas devemos lembrar-nos que existe para eles uma lei moral mais severa do que para os outros, porque quanto mais elevada é a posição tanto maior é a influência do exemplo». («O Pensamento do Rei D. Pedro V»,de Augusto Reis Machado).
É a morte precoce, com apenas 24 anos, deste homem, a 11 de Novembro de 1861, que Portugal tem a lamentar. Sim, porque o que sobre ele me tem sido dado ler chegou para me convencer de que «O Esperançoso» seria o homem de que o País necessitava para, nas palavras do Poeta, se " cumprir Portugal" Leio na biografia que dele fez Maria Filomena Mónica, nas Edições Círculo de Leitores: "A 22 de Dezembro de 1855 dizia ao tio Alberto ( marido da Rainha Vitória ): « Estou a reunir um arsenal cheio de armas para ser apontado contra a ignorância (...) a instrução pública é uma das principais, se não a primeira, das necessidades do país.(...). Colocados num dos graus ínfimos da escala do desenvolvimento intelectual dos povos, lançamos avidamente a vista para o que os outros nos apresentam de grande e belo, e depois de termos admirado, tornamos a cair no nosso lamentável estado e a adormecer.» " D. Pedro entendia que ao rei cabia governar, sem se limitar ao acto de reinar, "sempre pensou que sobre ele recaía a responsabilidade de transformar Portugal num País civilizado" e desenvolvido, desconfiando da competência dos políticos, que considerava " corruptos, ineficientes e imorais". Levou-o o tifo, nesse dia 11, para nosso mal.
11 de Novembro de 2008