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O Tempo Esse Grande Escultor

Um arquivo dos postais que vou deixando no Estado Sentido, mas também um sítio onde escrever outras coisas minhas..Sem Sitemeter, porque pretende ser apenas um Diário, um registo de pequenas memórias...

O Tempo Esse Grande Escultor

Um arquivo dos postais que vou deixando no Estado Sentido, mas também um sítio onde escrever outras coisas minhas..Sem Sitemeter, porque pretende ser apenas um Diário, um registo de pequenas memórias...

Por terras do "Poeta do Lima"

Cristina Ribeiro, 11.10.09

 

Este ano ainda não se proporcionou, mas, por estas alturas, ainda no começo do Verão, não dispenso uma visita a Ponte da Barca, onde sempre passo um dia perfeito, nas margens daquele que foi a gande inspiração do nosso poeta quinhentista, que privou, entre outros, com Sá de Miranda e António Ferreira: o poeta da Ribeira-Lima, Diogo Bernardes

 

Inserindo-se numa escola mais vasta, da qual ressalta o nome de Petrarca, o autor de «Várias Rimas ao Bom Jesus», «Rimas Várias- Flores do Lima» e «O Lima», exprimiu o seu sentir poético em éclogas, sonetos, cartas e canções, de sabor bem ao seu tempo- o do Homem do Renascimento. Dele, que fora feito prisioneiro em Alcácer-Quibir, aonde acompanhara D. Sebastião, diz-se no Dicionário de Literatura:«A melancolia doce da paisagem minhota sentiu-a como poucos no seu tempo esse cantor dos rios. Poeta do Lima se lhe chama geralmente, porque, sendo natural e vivendo muito tempo na ribeira do Lima, cantou particularmente aquele rio.Mas não foi só o Lima.(...) O Tejo, o Douro, o Mondego, o Leça, o Vez...(...) O que porventura melhor distingue Bernardes é a melancolia vaga e doce, um pouco à Bernardim(...); a profunda religiosidade que o aproxima às vezes do poeta seu irmão Frei Agostinho da Cruz».

 

Junho de 2008