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O Tempo Esse Grande Escultor

Um arquivo dos postais que vou deixando no Estado Sentido, mas também um sítio onde escrever outras coisas minhas..Sem Sitemeter, porque pretende ser apenas um Diário, um registo de pequenas memórias...

O Tempo Esse Grande Escultor

Um arquivo dos postais que vou deixando no Estado Sentido, mas também um sítio onde escrever outras coisas minhas..Sem Sitemeter, porque pretende ser apenas um Diário, um registo de pequenas memórias...

Com que reverência começo a ler estas Reais cartas!

Cristina Ribeiro, 26.11.17

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Neste livro, que o Conselheiro d'El-Rei D. Carlos " offerece ", como " seu antigo Deputado ", " A Cidade e Povo de Guimarães ", mais concretamente, nas cartas que o monarca escreveu ao seu Ministro do Reino, desde que, a 16 de Maio de 1906, o investe no cargo de Presidente do Conselho, confirmo o que já percepcionara noutros escritos: que, como refere António Sardinha, " D. Carlos foi o primeiro dos integralistas ". Da sua firme vontade, e decisão, de reformar Portugal, dá, desde logo, conta a João Franco nessa primeira carta- « Ha muito a fazer e temos, para bem do Paiz, que seguir por caminho differente d'aquelle trilhado até hoje » -. Com efeito, diz o de Alcaide " A nossa chamada ao poder obedeceu já a um pensamento superior de governo, a que Elle de motu proprio se dedicara. El-Rei decidira romper com a orientação politica e as praticas administrativas de« até hoje ». Forte e incisivo era o dizer; ao mesmo tempo animador e suggestivo. ( ... ). Encontrei em D. Carlos uma segura e reflectida resolução de tudo fazer para não se voltar mais ao « antigo » e a este proposito de reforma governativa se conservou firmemente e inabalavelmente fiel. ( ... ) A Ramalho Ortigão repugnou a onda de insensibilidade e de covardia moral que, depois do 1º de Fevereiro, parecia ter varrido este paiz, e apareceram as admiraveis e justiceiras paginas d«O Rei Martyrizado », que no infortunio e no exilio me foram consolação e desvanecimento ".