E se as eleições fossem amanhã?
Que faria uma pessoa - neste caso eu - que acreditou que o dia 25 de Abril de há 36 anos nos iria levar a caminhos melhores do que aqueles por onde estávamos a seguir, e recordo que se é verdade que nos anos sessenta se vivia já bem melhor do que, soube-o depois, se tinha vivido nas décadas anteriores, continuava a viver-se por cá, não sei se por força de uma centralização castradora, situações de grande injustiça ( embora, e à custa de muito trabalho dos meus, e porque a vida nos deu oportunidades que nem todos tiveram, as não tivesse sofrido na pele, testemunhei-as ), e chega ao fim destes anos todos e constata que nada tem a celebrar?
E assim conclui porque os partidos que nos governaram estes anos todos se equivalem na mediocridade?
Votar em branco chegaria para lhes levar o meu protesto, para os acusar de que me enganaram? Porque mesmo que reconheça numa pessoa ou noutra, potencialidades conclui que de nada isso valerá porque estão inseridas naquela bola de neve viciosa em que se tornou o promíscuo sistema partidário português?
É este o dilema em que me encontro, sem ver um pequeníssimo ponto de luz, que aponte o caminho.
Partidos que nos façam acreditar, mas pelas acções que desenvolvam em prol do bem de todos, e não se limitem a mais discursos empolados mas enganosos, porque desses estamos nós fartos.
E tudo piora quando outros partidos me não inspiram a mínima confiança.